Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo revelou que dos
10 deputados indicados para apurar o esquema de corrupção na Petrobras
receberam 1,9 milhões em doações eleitorais de empresas investigadas pela Operação
Lava Jato. E o número de agraciados com doações dessas empreiteiras pode
aumentar ainda mais se levarmos em consideração que ainda faltam 12 parlamentares
a serem escolhidos para completar a CPI e que o PT, o PMDB e o PP ainda não
apresentaram seus escolhidos.
Dos deputados já confirmados na CPI, Júlio Delgado
(PSB-MG) foi quem recebeu o maior volume de recursos. A direção nacional do PSB
repassou R$ 200 mil da Andrade Gutierrez e R$ 100 mil da Queiroz Galvão
Alimentos, empresa do grupo homônimo. O diretório estadual repassou R$ 50 mil
da Odebrecht, empreiteira que doou mais R$ 30 mil diretamente à campanha de
Delgado.
Na lista de deputados contemplados
indiretamente aparecem ainda Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Onyx Lorenzoni
(DEM-RS), João Carlos Bacelar (PR-BA), Paulo Magalhães (PSD-BA), Bruno Covas
(PSDB-SP), Izalci (PSDB-DF), Otávio Leite (PSDB-RJ) e Félix Mendonça Júnior
(PDT-BA). Dentre os cotados para integrar a CPI, mas ainda não oficializado
está o petista Vicente Cândido (SP) que também recebeu doações indiretas das
empreiteiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e tem como base
a prestação de contas dos candidatos disponibilizada no site do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
Nenhum comentário:
Postar um comentário